Audiência Pública debate problemas do hospital da Colônia Santa Izabel

  • Autor: Jonathan Pires - 15/07/2021 - Local: Câmara Municipal de Betim
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A Câmara Municipal de Betim realizou Audiência Pública Virtual na tarde de quarta-feira (14 de julho), no Plenário Carino Saraiva, para debater a gestão compartilhada da Casa de Saúde Santa Isabel entre a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) e a Prefeitura Municipal de Betim. O evento foi solicitado pelo vereador Professor Wellington, presidente da Comissão Permanente de Saúde, por meio do Requerimento nº 1.297/2021. De modo assertivo, Professor Wellington, que presidiu a Audiência Pública, indagou logo no começo dos trabalhos quem seria o “pai do filho feio”, referindo-se aos inúmeros problemas verificados ao longo do tempo no Hospital Dr. Orestes Diniz, que atende à Colônia Santa Isabel de modo específico. “Ninguém assume integralmente a responsabilidade pelo funcionamento do Hospital e o povo sofre com esse descaso. A Colônia Santa Isabel completou 90 anos e é mais antiga do que o Município de Betim, que foi emancipado em 1938. Temos quase 40.000 cidadãos na região de Citrolândia que padecem com a omissão da Fhemig. Não vou descansar enquanto soluções definitivas não forem adotadas para resolver essa grave situação”, afirmou o vereador, que é morador de Citrolândia há décadas. Os médicos Geraldo Márcio Viana Zanon, diretor clínico da Casa de Saúde da Colônia Santa Isabel, e Getúlio Moraes, que atua na Casa, fizeram o relato da longa história de opressão e preconceito que envolve a trajetória da Colônia, idealizada pelo Estado de Minas Gerais em 1923 e inaugurada em 1930 para confinar e isolar da sociedade os portadores de hanseníase, naquela época uma doença incurável e cercada de pesados preconceitos. Havia correntes, removidas somente m 1986, que separavam a Colônia Santa Isabel do restante do município. Apesar disso, o preconceito ainda continua, segundo os médicos. Ambos defenderam o diálogo franco e sincero como o caminho para se resolver os enormes gargalos existentes no atendimento à saúde daquela comunidade e apontaram que a atenção básica à saúde eliminaria mais de 80% dos casos graves. O secretário adjunto Assistencial da Saúde de Betim, Hilton Soares de Oliveira, garantiu que a vazão assistencial não foi afetada na Colônia e que a atuação da Secretaria Municipal de Saúde esbarra na limitação orçamentária e nas diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS). Hilton defendeu que seja criada a Residência Pediátrica em Betim e asseverou que na ausência de um pediatra na unidade de saúde o clínico geral fará o atendimento do paciente. Prestadora de serviços A diretora do Hospital Dr. Orestes Diniz na Colônia Santa Isabel e representante da Fhemig na Audiência Pública, Elaine Daniela Teixeira Magalhães, explicou que o órgão, fundado em 1977, é prestador de serviços e segue as diretrizes do SUS, cujo gestor pleno é a Secretaria Municipal de Saúde. Daniela disse que hoje existem 471 pacientes em tratamento da hanseníase e que o Hospital atende casos de média e alta complexidade. O ex-vereador e membro do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan), Cordovil Neves de Souza, o Vila, lamentou que os problemas enfrentados pela Colônia Santa Isabel sejam crônicos, decorrentes do limbo institucional que reparte a administração da saúde no local entre dois entes, a Fhemig e a Prefeitura Municipal de Betim. Vila sugeriu que parcerias sejam buscadas para melhorar o atendimento à população. Os usuários das unidades de saúde e moradores de Citrolândia, Jhonathan Rafael dos Anjos Rodrigues, Renato José Júnior e Tômaz Nedison, relataram o sofrimento por que passam as pessoas que precisam recorrer ao sistema público e cobraram das autoridades medidas objetivas que possam aliviar esse sofrimento. O deputado estadual Professor Wendel Mesquita elogiou a realização da Audiência Pública, que é um importante instrumento de diálogo com a sociedade. No momento em que a Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais aprovou o Projeto que prevê o ressarcimento de R$1,5 bilhão pela Vale devido ao rompimento da barragem em Brumadinho, Wendel defendeu que parte desses recursos destinados a Betim sejam utilizados para incrementar o setor de saúde de Citrolândia. Outras três iniciativas serão tomadas pelo deputado: agendar uma reunião entre o presidente da Fhemig com o vereador Professor Wellington e a Secretaria Municipal de Saúde, marcar uma Audiência Pública na Assembleia Legislativa para continuar a discussão dos problemas verificados na saúde em Citrolândia e destinar Emendas Parlamentares para serem aplicadas na melhoria da estrutura das unidades de saúde da região. Encaminhamentos Professor Wellington prometeu que, se necessário for, outra Audiência Pública será agendada pela Câmara Municipal para aprofundar o debate acerca do tema. Além disso, o parlamentar vai acompanhar de perto a elaboração do concurso público destinado a prover os cargos de médico e o atendimento dos pacientes de pediatria pela clínica médica. Também participaram da Audiência Pública os vereadores Zezinho do Carmo, Vítor Braz (de modo presencial), Marquinho Rodrigues, Rony Martins, Júnior Trabalhador e Erasmo da Academia (de modo remoto), a diretora de Gestão da Saúde, Fernanda de Oliveira, e o diretor de Regulação, Controle e Avaliação da Secretaria Municipal de Saúde e presidente do Conselho Municipal de Saúde, Cláudio Alves de Carvalho. Erasmo da Academia frisou que o que mais mata, às vezes, não é a doença e sim o preconceito a discriminação. A região de Citrolândia apresenta o mais baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da Região Metropolitana de Belo Horizonte, fato que contribui para aprofundar os problemas de saúde dessa comunidade. Jornalista Wagner Augusto Diretoria de Comunicação Social
Publicado em: 15/07/2021