A Câmara Municipal de Betim realizou Audiência Pública na tarde desta segunda-feira (29 de agosto), no Plenário Carino Saraiva, com a finalidade de discutir a reconstrução de encostas e pavimentação de vias públicas diretamente afetadas pelas fortes chuvas no início deste ano. O vereador Professor Wellington foi o autor do Requerimento nº 1.568/2022, que provocou o debate.

Além de várias vias da região de Citrolândia, a Rua Irajá, no Bairro Salomé, também está no radar das obras de reconstrução. Professor Wellington, que comandou os trabalhos da Audiência Pública, lembrou que a função do Poder Legislativo é formular leis, fiscalizar e cobrar ações do Poder Executivo. Nesse sentido, o vereador apresentou vários Requerimentos à Prefeitura Municipal com solicitação de obras urgentes nas ruas mais afetadas pelas enchentes de janeiro. Para garantir a qualidade dessas intervenções, o parlamentar frisou que os projetos e a execução precisam ser muito bem elaborados.

A superintendente de Projetos Públicos da Secretaria Municipal de Ordenamento Territorial e Habilitação, a engenheira Giciele Souza, revelou que em conjunto com a Empresa de Construções, Obras, Serviços, Projetos, Transporte e Trânsito de Betim (ECOS) e a Superintendência Municipal de Defesa Civil realizou levantamento técnico nas regiões mais atingidas. Foi feito o levantamento topográfico e a análise geológica de todas as ruas afetadas. Alguns projetos foram adiantados e estão concluídos. Outros ainda não estão prontos. Giciele destacou que as obras são de alta complexidade em termos de engenharia.

O técnico da Defesa Civil, Elias de Souza, reforçou que o órgão atua no atendimento imediato à população em caso de incidentes e adota medidas preventivas ao longo de todo o ano.

Caso a caso

Professor Wellington exibiu em slides as ruas da região de Citrolândia e a Rua Irajá, no Bairro Salomé, que demandam maior atenção. Todas as ruas foram abordadas e os setores competentes indicaram as soluções que serão implantadas e o prazo para viabilizá-las. A Rua Nestor Palhares é uma das prioridades da ECOS. O projeto executivo está concluído. A próxima etapa é o levantamento dos orçamentos para a contratação da empresa que vai tocar a obra, que é complexa.

O diretor Executivo da ECOS, Gustavo Rocha, afirmou que foi realizado o mapeamento das dez Regionais de Betim e a partir daí foram estabelecidas as prioridades (1, 2 e 3), de acordo com a gravidade de cada local. Os riscos das áreas foram apontados pela Defesa Civil. A execução das obras depende agora da finalização dos projetos e a contratação, via processo de licitação, das empresas que irão fazê-las. Enquanto isso, intervenções paliativas são feitas para evitar novos desastres.

Os moradores das ruas que foram destruídas pelas fortes chuvas de janeiro relataram sua angústia pela demora nas obras de revitalização e contenção de encostas. Um cidadão de Citrolândia recordou que a primeira vítima fatal das enchentes em Minas Gerais foi de Betim. O desejo expresso pelos cidadãos é que as obras sejam feitas antes do próximo período das chuvas, que se avizinha.

Jornalista Wagner Augusto - Diretoria de Comunicação Social