1910 - A instrução em Capela Nova do Betim até o primeiro grupo escolar

  • Autor: Diretoria de Comunicação Social - 20/11/2021
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O primeiro registro de solicitação de instalação de escola pública em Capela Nova do Betim data de 9 de janeiro de 1832 na Câmara de Sabará diante de uma demanda local.

 Em 8 de junho de 1836 mais um pedido, Betim e Contagem já contavam com mais de 600 indivíduos em condições de cursar uma escola.

Finalmente, no início de 1838, a “Escola Pública de Instrução primária de 1º Grau” foi criada por meio de ato administrativo, a tão sonhada “Escola da Capela Nova do Betim” (Ouro Preto, Palácio do Governo, em 18 de Fevereiro de 1838, Bernardo Jacinto da Veiga). Após cinco meses, apesar de criada ainda não tinha professor nomeado e graças ao prestigio do alferes Eugênio Ricardo Varella da Fonseca, morador do Arraial - “onde  goza de estima e bom conceito, é pai de família, à qual trata decentemente” - que  foi nomeado o primeiro professor Francisco de Paula Rodrigues, mediante documentos comprobatórios de sua habilitação. O professor era nomeado e remunerado pelo Estado. Uma aula era o atendimento simultâneo de alunos em vários níveis de conhecimentos.      

Em 1850 é criada uma cadeira de ensino masculino de primeiro grau em Betim o que aumenta a escolaridade de alguns betinenses. A cadeira só foi ocupada em 1853, por Francisco de Paula Rodrigues Júnior, filho do primeiro professor. A demora no preenchimento do posto se deveu ao fato de que havia poucos professores qualificados e o concurso necessário para preencher as vagas era muito rigoroso.

Em 1854, dos 130 alunos matriculados na aula de Francisco de Paula Rodrigues, apenas dois eram mulheres. A frequência média era de 90 alunos. Visto que a maioria da população vivia de uma economia agrária, a frequência caía muito nos meses de plantio e colheita. A administração pública constantemente ameaçava fechar a escola. Inspetores verificavam rigorosamente a frequência, para este fim. Os professores utilizavam um expediente para “driblar” os riscos da infrequência: faziam chamadas bem depois do horário de início das aulas, para registrar como presentes os que chegassem atrasados. Isso era extremamente combatido pelos inspetores.

Em 18 de setembro de 1872 Antônio D’Assis Martins, quando deputado provincial, solicitou a criação da cadeira capelanovense de ensino feminino e, o Presidente da Província, Dr. Joaquim Floriano de Godoy, em 3 de outubro, acata a petição de instrução primária  para o sexo feminino para a paróquia de Capela Nova do Betim. A primeira professora nomeada foi Maria Augusta das Dores Maia, e em caráter definitivo, em 1873, Amelia Zeferino de Freitas Moreira.

 

Engenho Seco, por meio da Lei 2597, de 3 de janeiro de 1880, ganhou cadeira de ensino e seu primeiro professor foi o Capitão João Francisco Martins, um dos líderes capela-novenses do passado.

 

Em 1886, por meio da Lei nº 3396, de 21 de julho é criada a cadeira de ensino no povoado de Pimentas, mas somente em 10 de abril de 1888 tinha nomeada a sua primeira professora, d. Maria Nírvia Lydia dos Anjos. Ficou apenas dois meses e foi transferida para Venda Nova. A escola ficou fechada até 5 de setembro de 1890 quando nomeada a professora d. América Diamantina Pimenta que deu aula por cinco dias e foi removida para Santa Luzia. Só reaberta em a 11 de setembro de 1891, com a nomeação de d. Maria Norberta Viana. Esta situação de Pimentas era comum no ensino provincial, as nomeações saiam para lugares simples, povoação ou arraial, e uma vez empossados, alguns professores pediam a transferência para lugares mais desenvolvidos.

 A lei municipal nº 64, de 17 de janeiro de 1898, aprovada pela Câmara de Sabará, transferiu a Escola Primária de Bandeirinhas para Jacaré.  Em 1901, o povoado de Jacaré que era ligado a paróquia de Capela Nova, recebe o primeiro professor foi Lucas Evangelista de Carvalho e no ano seguinte, Capela Nova, foi aprovada na Câmara Municipal de Santa Quitéria a Lei nº 10, de 8 de outubro de 1902 que “Cria uma escola do sexo masculino em Jacaré, Distrito de Capela Nova”.

 Em 1906, Pedro D’Assis Xavier e Paula Junior, o Mestre Pedro, titular da cadeira de ensino masculino no Distrito, que também desempenhou as funções de boticário, Juiz de Paz e Sub-Delegado, faz petição a Santa Quitéria e ao governo estadual a instalação de um grupo escolar em Capela Nova do Betim e em 1909 lideranças locais e comunidade providenciam terreno e construção do grupo escolar.

Em 11 de janeiro de 1910 é criado o Grupo Escolar de Capela Nova (Decreto 2724), uma inovação no campo do ensino primário pois a criação do grupo visava separar níveis em séries e nomear um professor para cada série. Era uma medida econômica do Governo Estadual, que trazia status para a localidade. A inauguração aconteceu em 17 de julho do mesmo ano e reuniu a elite local, destacando-se a presença do vigário Osório de Oliveira Braga que proferiu um dos discursos da inauguração. Apesar das dificuldades dos primeiros anos de funcionamento, com a mudança de vários professores e prédio inacabado e sem materiais com a conclusão da obra em 1912, o Grupo Escolar ocupou uma posição fundamental na formação do povo betinense.

 Entre 1925/1926, data aproximada, recebe a denominação “Conselheiro Afonso Pena”.

Em 1960 é inaugurada a segunda sede no bairro Brasileia, sendo a escola uma referência para Betim. Em 1963 o antigo prédio abrigou o Colégio Comercial Betinense e atualmente o Museu Paulo Araújo Moreira Gontijo Bom Jardim, pelo Decreto 4057, de 6 de dezembro de 1913, obteve uma escola rural mista.

Na Câmara Municipal de Santa Quitéria, foi aprovada a Lei nº 81, de 26 de janeiro de 1921, que cria uma escola mista municipal no povoado de Bandeirinhas.

Foi aprovada também na Câmara a Resolução nº 24, de 15 de março de 1933, que cria uma escola mista municipal no povoado de Vianópolis e nomeia como regente d. Isaura Campos de Oliveira.

Publicado em: 20/11/2021