Vereadores integrantes da Comissão Permanente de Saúde fizeram, na tarde dessa quarta-feira (19), visitas a três clínicas terapêuticas em Betim. O objetivo foi de conhecer de perto as necessidades e reivindicações de cada unidade, pois durante recente reunião na Superintendência Municipal Antidrogas, dirigentes reclamaram da falta de apoio do governo municipal nos últimos mandatos. Os vereadores Elias Araújo (PV), presidente da Comissão; Luiz Conexão (PDT), relator; e Elza Aguiar (PP), membro, começaram as visitas pela Adequar Comunidade Terapêutica. A unidade, localizada no bairro Charneca acolhe cerca de 30 homens. Com uma ampla estrutura, a casa atende todos os quesitos exigidos pela legislação. Segundo o diretor Jonathan Itaborhi, a entidade mantém convênios com os governos federal e estadual, já o município tem apenas uma parceria de empréstimo do imóvel, denominado Fazenda Campanário. Além disso, ela assumiu outro papel junto ao município, abrigando animais presos nas ruas da cidade. “Nós cuidamos dos animais, a maioria equinos e bovinos, fornecemos alimentação e atendimento veterinário, sem cobrar pelos serviços”, explica. Os internos atendidos são maiores de 18 anos e encaminhados pela rede da Secretaria Estadual Antidrogas, vítimas de dependência química. Eles recebem atendimentos psicológicos e participam de dinâmicas e práticas profissionais, como marcenaria, serralheria, avicultura, bovinocultura e cultivo de plantas medicinais. A Adequar também realiza trabalho voluntário de prevenção às drogas através de Ruas de Lazer e palestras em diversas regiões da cidade, inclusive em escolas. Ágape A outra unidade visitada foi a Comunidade Ágape, situada no bairro Parque Ipiranga. Especializada no atendimento a menores do sexo masculino, a unidade tem apenas dois acolhidos no momento, porém sua capacidade é para 30 internos. Segundo o diretor José Nilton Araújo, para acolher o menor é necessário um procedimento mais complexo, como autorização do Conselho Tutelar e do Juizado da Infância e Juventude. Ebenézer Logo após a Comissão foi até uma casa no bairro Monte Calvário, região do Citrolândia, visitar a Associação de Ação Social Ebenézer. Fundada e dirigida pela Dona Neuza Couto Oliveira, a casa acolhe apenas mulheres e no momento tem 14 moradoras. Dona Neuza diz que o principal problema, além da dificuldade financeira em sustentar a casa é conseguir o Alvará da Vigilância Sanitária. “São muito exigentes e isso nos atrapalha a conseguir ajuda para nosso trabalho”, ressalta. Reunião Na manha desta quinta-feira (20), a Comissão se reúne na Câmara Municipal de Betim para dar início a uma ampla discussão junto ao poder Executivo, Superintendência Antidrogas e representantes de comunidades terapêuticas. “Queremos construir um Projeto de Lei que venha viabilizar a legalização e estruturação para o bom funcionamento das casas terapêuticas em Betim, uma vez que elas assumem um papel importante para o município, reinserindo na sociedade ex-dependentes químicos”, explica o vereador Elias Araújo. Na semana que vem novas unidades serão visitadas pela Comissão, em data ainda a ser agendada. Jornalista Wagner Mesquita Gabinete do vereador Elias Araújo